domingo, 13 de setembro de 2009

Amor Platônico - É possível?

Então fica a pergunta:
Como pode ser possível ?Haveria mesmo a condição de se viver assim por todos os dias de nossas vidas? O que nos impele a desejar alguém? Por que a necessidade de nos entregarmos ao amor físico? Procriação? Perpetuação? Humm, não sei bem. Poderia ser a natureza humana exercendo seu papel, ditando as regras e estabelecendo os princípios de relacionamento.. ou ..algo mais profundo que isso? Conseguiria alguém controlar seu coração canalizando toda a emoção para alguém que jamais terá algum tipo de contato palpável? Um sentimento forte, inocente e capaz de ser eternizado porque jamais será suscetível às intempéries de uma convivência diária, desgastante e muitas vezes imposta? Então se render a um amor que não tem concorrentes..porque na verdade..não haveria alguém capaz de romper com os laços tão fortemente criados por um único lado, porém capaz de sustentar a ambos. Um amor sem limites geográficos, sem fronteiras, sem regras, sem posses, totalmente livre e tão comoventemente preso em si mesmo.. que encanta.. fascina..inebriante e tão tentadoramente sufocante..atraente e totalmente de perdição, por si só.
Segundo pesquisas o amor platônico passou a ser entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas. Parece que o amor platônico distancia-se da realidade e, como foge do real, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia.
Os filósofos neo-platônicos do Renascimento estabeleceram uma concepção deste amor como o ideal de amor humano; desenvolveram um conceito de amor platônico segundo o qual o homem supera a sensualidade quando sua razão compreende que a beleza é tão mais perfeita quanto mais afastada está da matéria impura e corrupta. Como um amor de plebéia e príncipe; forte como a morte mas não se pode penetrar facilmente em seu palácio. E depois de tanto procurar, finalmente ela se rende ao desespero pois seu sonho veio dentro de uma caixa de vidro blindada..como uma obra de kandinsky que admiramos.. mas nunca chegaremos perto..
nos apaixonamos pelas idéias...pelos ícones...pessoas que aprendemos a respeitar e admirar...mas sempre serão pessoas as quais deveremos apenas condensar todo o amor por elas sob forma de espelhos...e aprender que serão as virtudes e a admiração o verdadeiro alicerce para qualquer forma de amor...seja ele real ou imaginário...
independente dos príncipes ou contos de fadas...quando passamos para a realidade...descobrimos que os punhais que nos enfiaram...continuam cravados no peito...e que o coração está tão encharcado de sangue que não conseguimos mais acreditar num amor real...por isso nos refugiamos mergulhando nos oceanos da individualidade...da descrença...desconsiderando qualquer possibilidade real de viver um amor de verdade...e quando enfim vencemos as impossibilidades ainda caminhamos em trilhas que não sabemos bem onde vai nos levar..mas..continuamos avançando mesmo assim!

3 comentários:

  1. É, amor platõnico realmente é um sentimento indescritivel, por mais que concordamos com os grandes filosofos, não conseguimos imitar os grandes "amores" que aprendemos nas Histórias e Estórias do passado da humanidade, mas conseguimos chegar bem perto quando sentimos por uma pessoa um amor tão grande, tão ardente, que seriamos capaz de "tocar", sentir seu "peso", vislumbrar suas "cores" e ter a sensação de que este amor existe e eu posso "tocá-lo" ... ele agora é matéria ... um beijão , te amo nega . Seu Amado Marcio.!

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  2. Acredito em amor que toca, sente gosto, arrepia os pelos, respeita os limites do ser humano, imperfeito...
    "Que seja infinito enquanto dure..."



    Parabéns pelo seu blog!!
    Abraços.

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  3. Acredito no amor verdadeiro
    Amor que move a vida..
    Que faz chorar e ao mesmo tempo sorrir..
    Capaz de curar feridas jamais vistas..
    Que seja eterno e que dure pra sempre..

    Parabéns pelo blog..bjus

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